Ao ler o jornal Diário Catarinense dia 18/04, sábado de manhã. Me deparo com o artigo;
GERAÇÃO DE MIMADOS
JULIANO MARTINS MAZZOLA
Ex-conselheiro tutelar
Tijucas
Definitivamente, não estamos preparando nossos filhos para enfrentar a vida. Estamos carregando-os dentro de uma espécie de bolha, impedindo-os de entrar entrar em contato com o mundo real. Estamos superprotegendo nossas crianças, impedindo-as de aprender a voar. Podemos e devemos dar as coordenadas do voo, mas a viagem a ser empreendida é tarefa que elas deverão executar sozinhas. Eu sei que é duro, pois queremos nossos filhos para nós. Projetamos neles tudo aquilo que não fomos e gostaríamos de ter sido, mas esquecemos que eles são personalidades autônomas, não propriedade nossa.
Bolhas estouram, e quem estiver dentro delas poderá se sentir nu e vulnerável quando as cortinas do palco da vida se abrirem e os atores forem chamados a interagir com a platéia. No Brasil atual, vejo país que não sabem se impor, filhos excessivamente mimados ou abandonados, excesso de tutela e intromissão por parte do Estado na vida das famílias.
Não devemos nos resignar, mas lutar contra os males que nos assolam. Durante um combate, é estratégico identificar os inimigos, quantificá-los e distingui-los dos demais. Proponho aos pais e educadores as seguintes indagações: quem são esses inimigos? Com que meios nos atacam? Qual estratégia temos para combatê-los? Será o mercado o nosso inimigo? Mas ele (o mercado) existe desde que o homem começou a caminhar ereto e, com o seu progressivo aperfeiçoamento, melhoramos, e muito, nossas vidas. Será a burguesia a nossa inimiga? Mas foi graças que nos libertamos do feudalismo opressor. Serão o capitalismo e a propriedade privada os nossos inimigos?
A praga que nos devora hoje é relativismo mora. Não sabemos mais distinguir o certo do errado. Digamos a nossos filhos que a felicidade não pode estar acima da virtude e que só há um caminho para a vida que vale a pena ser vivida: o caminho da responsabilidade. Somos nós os protagonistas de nossas vidas, os responsáveis por quase tudo de bom ou ruim que possa nos acometer.
Faço dele as minhas palavras.
Adorei, e não poderia deixar de compartilhar com vocês!
Sabrina da Costa.